Translation:Storyline Final/pt BR

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Sequências

"Introdução"

[intro_sentence1] O ano é 2084. A Terra, um lugar estável como jamais se viu, desfruta de um período de relativa paz. O início violento do século 21 está longe agora; memórias distantes, mas não tão distantes ao ponto de serem esquecidas. Para a maioria das pessoas da Terra, a Segunda Guerra Fria é uma sombra negra do passado, assim como foram as Guerras Mundiais no início do século 20.

[intro_sentence2] Conflitos se tornaram raros ao final do século, à medida que novas tecnologias e cuidados universais de saúde finalmente tornaram-se disponíveis para o terceiro mundo. Mesmo os eventos terroristas pararam assim que a Segunda Guerra Fria começou, com seus horrores e atrocidades ainda vivas nas mentes das pessoas, dos antigos Estados Unidos ao roubado subcontinente Indiano. Lutas de classes elevam-se ao campo de batalha político, já que agora cada nação tem representação garantida e justa nas Nações Unidas, e o padrão de vida global cresce lentamente em razão do empobrecimento dos vários cantos do planeta. Países solidificaram-se, mantendo-se em volta de uma Nações Unidas reestruturada que, com sucesso, policia os governos mundiais. Blocos fragmentados de países menores, assustados a princípio pelo vasto poder acumulado em volta da China e da União Européia, formaram poderosas ligas políticas -- e então se viram sem vizinhos com os quais pudessem lutar pela segurança. Pela primeira vez na história da humanidade, há lei e ordem por mais de três quartos do mundo.

[intro_sentence3] Para muitas pessoas na Terra, tudo está indo muito bem.

[intro_sentence4] O primeiro ataque ocorre na cidade de Mumbai em 3 de março de 2084. Seis pequenos OVNIs aparecem do nada, descem da órbita, indetectáveis pelas vastas instalações de radares que cobrem os céus de Mumbai, e eliminam a cidade com maior densidade populacional da Terra. Eles não dão nenhum aviso, nenhuma explicação. Vinte mil civis inocentes e três batalhões de tropas de elite são massacrados por brutais vinte horas antes que os soldados das Confederações conseguissem interromper o avanço dos alienígenas. Então, assim como apareceram, eles entram em sua espaçonave e sobem para órbita desaparecendo, deixando apenas as ruas arruinadas de Mumbai como evidência.

[intro_sentence5] Um encontro de emergência das Nações unidades não obtém nenhuma direção conclusiva. As invasões continuam mais rápidas, maiores e mais selvagens que antes. Desta vez em Bonn, Johannesburg e Bongkok. Algumas nações tentam diplomacia, enviando mensagens em centenas de idiomas aos alienígenas através dos países. Suas palavras são ignoradas. Dentro de horas, todas as três cidades são esvaziadas de vida humana. O ataque pára quando os vários militares recebem permissão para atacá-los. Os alienígenas deixam para trás apenas concreto e sangue. Todos os OVNIs desaparecem sem rastros -- mas ninguém duvida que eles voltem.

[intro_sentence6] Oitenta e sete horas após o ataque inicial em Mumbai, a Terra declara guerra. Por duas semanas, cada um dos exércitos da humanidade usa suas melhores habilidades, tentando se defender dos misteriosos atacantes alienígenas. Eles alcançam alguns preciosos sucessos.

[intro_sentence7] Com apenas uma alternativa, as Nações Unidas reage. Equipamentos antigos são reavaliados, alguns com mais de um século de idade, e uma agência antiextraterrestre há muito desativada -- FALANGE --, dos antigos Estados Unidos, é ressuscitada sob uma nova bandeira das Nações Unidas. Seu trabalho é combater a ameaça alienígena, e garantir a sobrevivência da raça humana a qualquer custo.

[intro_sentence8] Mantida por todos os oito blocos políticos da Terra e composta pelos soldados de elite de seus exércitos, a FALANGE é a melhor das melhores. É a primeira e única linha de defesa da Terra. Ela não pode falhar; porque se falhar, a humanidade não terá nenhuma chance.

Entradas da UFOpédia

"Situação política antes da invasão"

No ano de 2084, a Terra está em melhor forma como jamais esteve por mais de um século. Talvez pela primeira vez, paz e cooperação são situações normais e não exceção. O estado atual de paz, entretanto, apenas pode ser explicado pela história brutal do século 21.

Na primeira década do século 21, o Oriente Médio foi o mais expressivo conjunto de nações no mundo. As tensões cresceram quando Irã, Síria, Jordânia e Afeganistão formaram a Aliança do Oriente Médio, um corpo político para unir o mundo islâmico. Logo após, eleições democráticas no Iraque fizeram os Estados Unidos perderem seu controle no país, e o Iraque juntou-se à Aliança do Oriente Médio juntamente com Paquistão e Líbano, ao final daquele ano. Em pânico, Israel se uniu à expansão da União Européia, forçando-se a existir por restritivas leis sobre direitos humanos e sobre guerra. Como resultado, sua presença militar na região foi reduzida significantemente através dos anos.

Entretanto, na virada de 2009 para 2010, as atenções deixaram o Oriente Médio já que poder crescente da China começou a fazer ondas. A República Popular da China foi mordiscada por vários vizinhos através dos anos, mas em Dezembro de 2010, após décadas de palavras ásperas e severas promessas, Taiwan foi finalmente conquistada por uma invasão militar Chinesa. As Nações Unidas externaram alertas para severas repreensões, as quais foram sumariamente ignoradas. A comunidade internacional debateu o problema largamente, e não fizeram nada.

A Segunda Guerra Fria entre os antigos Estados Unidos e a China começou quando a China anexou a Coréia do Norte e do Sul em 2012, após agentes secretos conseguirem desabilitar o arsenal nuclear inteiro da Coréia do Norte, durante os três dias de invasão. O bem treinado e equipado Exército Popular ultrapassava, e muito, os números das divisões Coreanas; ele ocupou ambos os países muito antes que Coreanos pudessem ao menos começar a receber ajuda pelo oceano. O movimento irritou ainda mais as Nações Unidas e esfriaram relações diplomáticas entre China e Rússia por décadas que viriam.

As tensões em volta do mundo continuaram altas durante o período da Segunda Guerra Fria, com rebeliões nos novos recém subjugados territórios Chineses. Mas nem China nem Estados Unidos levaram em consideração usar aniquilação nuclear.

A guerra tecnicamente acabou no final de 2031, com a economia dos Estados Unidos sucumbir a um extremo débito militar e um consumo interno que excedia a inteira produção global do país. Enquanto isso, tornando-se incrivelmente liberal durante os anos da Guerra Fria, a China pegou o manto de líder mundial sem saber exatamente o que fazer com ele. Seus líderes talvez ficaram bêbados com o poder, muito famintos, muito orgulhosos. Usando o exército para testar e forçar suas decisões, eles tentaram reverter o país à brutal opressão Stalinista do século 20. O povo não aprovou.

A guerra civil que veio a seguir foi algo que a Terra nunca havia visto. Oficiais geralmente se referem a ela como a filha bastarda do Vietnam com a Primeira Guerra Mundial. Foi visto bombardeamento de populações inteiras, execuções em massa de prisioneiros de guerra, em operações táticas nucleares em várias cidades -- incluindo Xangai, Seul e Nova Deli -- em 7 de Junho de 2034. Os leais ao governo jogaram um total de 6 peças de 50 quilotons em posições rebeldes altamente protegidas, incluindo as populações civis que os rebeldes protegiam.

O exército leal sofreu massivas deserções nos dias que se seguiram; foi o único evento que eventualmente causou a ruína do governo. Mais de seis milhões de vidas foram perdidas antes da rendição das forças leais em 15 de Agosto de 2036, que lutaram com unhas e dentes em largas táticas terrestres enquanto os rebeldes, devagar, os empurravam para dentro do Oceano Índico. Este foi, oficialmente, o fim da Segunda Guerra Fria.


"Após a Guerra"

A República Asiática

Nos anos que se seguiram, a formada República da China -- usando seu nome antigo e pré-comunista -- aos poucos foi desistindo de seus territórios conquistados, incluindo aqueles subjugados há séculos. Foi oferecido a eles a escolha de independência ou uma cadeira no novo conselho governamental, como uma respeitada e igual parte da nova República. Tendo lutado do lado rebelde na guerra civil, Taiwan foi a primeira nação a se unir à nova República, reconciliando suas diferenças após o governo comunista ter se rendido. Taiwan tornou-se rapidamente um membro expressivo no novo conselho e foi útil em enviar os líderes governamentais capturados a Haia para enfrentarem um julgamento pelos crimes de guerra. A Coréia do Norte, outra nação rebelde, também decidiu se manter na República, prevendo oportunidades para um maior crescimento econômico e liberdade. Eles não iriam se desapontar.
O ressurgimento da economia chinesa foi vista com um milagre pelos historiadores contemporâneos. As primeiras descobertas em nano tecnologia foram realizadas por cientistas chineses, trazendo vários contratos médico-industriais de todo lugar do mundo. Apesar de antigas desavenças e desconfianças, aos poucos outras nações asiáticas do oriente juntaram-se à República, que logo foi rebatizada como A República Asiática para honrar seus novos membros. Até o Japão decidiu a favor da união para dar suporte sua frágil economia e a uma população que foi diminuída durante os anos de guerra. A República continuou verdadeira em seus princípios com a guerra civil ainda fresca em sua mente. Ao longo dos anos sua reputação foi construída ao tratar suas nações-membros com boa fé e ganhando confiança suficiente, além de solidariedade, que agora pode falar como uma única voz, pelas bilhões de pessoas da Ásia oriental sul.
Hoje, a economia da República Asiática está em alta, recuperada pela comercialização de nano tecnologia e holográficos. Ainda possui um forte e atualizado poder militar, treinado em um alto padrão como nenhum outro país.


Os Países Revolucionários

Com a ruína dos Estados Unidos e da China, o socialismo da América do Sul diminuiu durante os anos pós-guerra. A morte da economia dos Estados Unidos trouxe o surgimento de um fervor revolucionário, levando várias nações para longe da influência do capitalismo. Entretanto, com uma visão democrática já quase totalmente implantada na maioria dos países, o ideal de governo do povo podia, pela primeira vez, ser visto sem corrupção. Esta nova onda, propunha unir os princípios da democracia com os ideais socialistas.
Todo o continente assistiu o horror em Xangai durante a Segunda Guerra Fria, televisionada para todo o globo até seu segundo final. A nova onda sofreu outro grande impacto quando a China caiu. Ali, todos puderam ver em primeira mão, o que poderia acontecer à revolução se ela ocorresse pelo caminho da ditadura e de um sistema totalitário. Não levou muito tempo para os líderes responderem.
Imediatamente, vários países liderados por ditadores esforçaram-se por tomar as rédeas da situação, tentando ficar à frente das rebeliões antes que elas começassem, o que causou uma forte reação violenta nas grandes nações democráticas, particularmente Cuba, Brasil e Argentina. De repente, os últimos reis que sobraram na América do Sul foram deixados sem amigos.
Um por um, eles caíram sob a pressão pública e política e foram substituídos por casas eleitas. A revolução tornou-se mais rápida ao invés de sucumbir; elas encorajaram grandes trocas, integração mais próxima e, eventualmente, seguiram o exemplo da Europa de fronteiras abertas. Uma nova rede de rodovias através do continente alavancou as economias e permitiu um uso mais eficiente da terra cultivável. As riquezas naturais da América do Sul foram utilizadas como nunca, e eles exigiram preços justos por cada pedaço delas.
Hoje, a união das nações membros é tão próxima que elas são mais bem conhecidas como um corpo único: Os Países Revolucionários. Um governo único representa todo o continente, e eles gerenciam um gigante econômico superado apenas pela Grande União Européia. Seu exército é pequeno mas possui equipamentos refinados. Seu treinamento não é excepcional.


América Unida

Como a economia dos Estados Unidos começou a quebrar no final dos anos 2020, mais e mais pessoas abandonaram o país para os verdes pastos do Canadá e, ironicamente, México. O valor do dólar caiu a um nível jamais visto, empobrecendo milhões até que seu preço foi fixado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pela comunidade bancária internacional. Ao país foi imposto um brutal plano de reforma, exigindo a venda de praticamente metade de seu arsenal militar. Para pagar um débito de dezesseis trilhões de dólares, seu consumo interno foi congelado e suas exportações reduzidas à tecnologia e mercadorias de luxo. A reestruturação da NASA com sucesso, combinada com um protótipo funcional de espaçonave, fez com que os Estados Unidos pós-colapso se transformassem em 'poços de dinheiro'. O Cabo Canaveral começou a oferecer a viagem espacial mais barata do planeta, primeiro com seus protótipos, depois com avançadas aeronaves, totalmente funcionais. Isso ajudou, significantemente, o assediado país a desenhar seu caminho de volta ao cenário.
A cooperação entre as nações norte americanas começou com ajuda financeira do Canadá e México, que viam suas exportações aos decadentes Estados Unidos cair perigosamente e queriam consertar seu mais importante parceiro comercial. O grande número de expatriados também ajudou a criar acordos. Então, em uma inesperada reviravolta polícia em 2042, o México elegeu o expatriado dos Estados Unidos Estéban Villa-Lobos Garcia para a cadeira de presidente.
A eleição foi duramente contestada. Entretanto, a decisão foi mantida após duas recontagens, e a nova presidência foi inaugurada em Julho de 2042. Eventualmente, a combinação de políticas populares e carisma pessoal trouxe a maior parte do país para o lado de Garcia; e, então, ele propôs o Plano do Amanhã.
Segundo o plano, México, Canadá e os Estados Unidos iriam se unir em um único país para reavivar o super poder Norte Americano. Em um controverso número de votos públicos, a população geral dos três países deu seu apoio o Plano do Amanhã; 52% nos Estados Unidos, 64% no Canadá e 71% no México. A união foi finalizada em 2050, criando a América Unida em meio aos poderes dominantes do Novo Mundo. A próspera indústria espacial rapidamente tomou conta do novo país e, apesar de alguns problemas pelo caminho, a América Unida caminhou rumo à recuperação.
Hoje, o débito da América Unida caiu de dezesseis trilhões para dois trilhões e o padrão de vida teve sua recuperação quase ao ponto anterior ao colapso. América Unida possui a mais avançada indústria especial do planeta; A NASA realiza quase 70% dos lançamentos comerciais ao espaço; Ela exporta vasta quantidade de mercadorias para cada uma das nações e é projetado que o retorno de investimento seja menor que três anos. Militarmente, a América Unida é a força mais fraca das mega nações, possuindo apenas um pequeno exército voluntário e um orçamento para defesa mínimo, como exigido pelo FMI. No entanto, as forças que a América Unida possui são muito bem treinadas e podem ficar prontos por um centavo, e sendo capazes de alcançar qualquer lugar do país dentro de duas horas.


A Grande União Européia

Devagar mas inevitavelmente, a União Européia expandiu suas fronteiras mais e mais a cada década que passava. Sua primeira investida no Oriente Médio foi quando Israel foi aceito como membro associado em 2011 e, então, elevado Israel e Turquia como membros definitivos em 2017. Várias ilhas atlânticas também foram aceitas na mesma resolução, tornando-se a maior expansão da União Européia do século 21.
Seguindo a controversa entrada de Israel como um membro associado, a União Européia passou a ter leis restritivas em direitos humanos, liberdade de religião e separação da Igreja e Estado. Foi o primeiro super poder ocidental a reconhecer oficialmente a Aliança do Oriente Médio -- apesar dos protestos dos Estados Unidos -- na esperança de reduzir choques culturais e a possível ameaça terrorista. Para a maioria, eles tiveram sucesso.
Em 2028, a Groenlândia -- tendo crescido fortemente pela imigração vinda dos Estados Unidos -- formalmente declarou sua independência da Dinamarca. Nenhuma batalha foi travada; Com inveja, o governo irlandês reconheceu a independência devido a pressões políticas de outros países europeus. Nos meses seguintes, a Groenlândia considerou brevemente se unir aos Estados Unidos como protetorado, mas reconsiderou quando a União Européia ofereceu associação definitiva. Isso, além da aceitação de várias ilhas protetoradas americanas no Atlântico, levou a União Européia a renomear-se como 'Grande União Européia'.
Após a Segunda Guerra Fria, a Grande União Européia esteve sempre à frente das decisões políticas. Foi a única nação ocidental a seguir o voto da Aliança do Oriente Médio de nenhuma confiança na antiga Nações Unidas, após o completo fracasso em ações durante a expansão chinesa e eventual guerra civil. A Grande União Européia também apoiou vigorosamente os esforços da Aliança em criar uma nova Nações Unidas, fornecendo representação justa para todas as nações do mundo e buscando fortemente reviver os princípios pelos quais foi inicialmente criada.
Hoje, a Grande União Européia é a força econômica e política mais forte do mundo. No entanto, sua enorme burocracia e grande número de membros -- membros que nem sempre se vêem olho a olho -- a torna lenta para se mover em qualquer sentido. Sua força militar é grande e poderosa mais fracamente integrada, com cada exército individual preso ao idioma e tradições de seus respectivos países. Cooperação militar é difícil de obter e exige quantidades enormes de reuniões burocráticas. A Grande União Européia contribui com a maioria das tropas das Nações Unidas, mas elas somente são utilizadas como forças de paz. Apesar de discutido por anos em Bruxelas, a questão se a força militar da Grande União Européia teria perdido ou não seu foco, nunca levou a nenhuma decisão.


A Aliança do Oriente Médio

O surgimento da Aliança do Oriente Médio foi uma surpresa para todos, inclusive as pessoas envolvidas. Ela foi projetada unicamente para enfraquecer a influência do Ocidente no Oriente Médio. Os principais idealizadores e primeiros membros -- Irã, Síria, Jordânia e Afeganistão -- nunca imaginavam que a Aliança durasse mais que uma década, tempo em que eles esperavam se fragmentar e acabar em razão de suas próprias diferenças.
A Segunda Guerra Fria mudou tudo. A República Popular da China não era mais um aliado contra o Ocidente; ela havia se tornado uma ameaça crescente com um grande apetite, lançando olhares famintos sobre o Nepal, pedaços da Índia, além dos estados soberanos na fronteira ocidental da China. Paquistão, Tajiquistão e Quirguistão correram para os braços da Aliança a fim de se protegerem contra invasão. O subcontinente Arábico juntou-se à Aliança não mais que um ano depois, procurando expandir suas políticas contra o Ocidente. Quase sem perceber, eles formaram um bloco poderoso cobrindo quase todo o Oriente Médio. Sua posição era simplesmente muito boa para permitir que se acabasse.
A Aliança expandida, agora reconhecida pela União Européia, entrou no cenário internacional com facas na mão. Eles possuíam seguramente a maioria do suprimento restante de petróleo do mundo e eles iriam explorar isso.
O poder econômico da Aliança cresceu enquanto suas reservas petrolíferas secavam. Fábricas farmacêuticas mudaram-se para o Oriente Médio, o único lugar restante onde o petróleo era barato e abundante. Isso, além das muitas aplicações de petróleo bruto, permitiu ao Oriente Médio à 'revolução nuclear' Russa e a subsequente migração mundial para a energia nuclear. Sua expansão continuou com Egito, Uzbequistão, Turquemenistão, e pedaços disputados da África próximos ao Mar Vermelho. A região inteira do Mar Vermelho foi pacificada quando a Aliança moveu sua força militar para ajudar os novos membros Africanos.
Hoje, a expansão da prosperidade levou o Oriente Médio para longe de dogmas, a alterar leis seculares e garantir igualdade entre os sexos. Ainda é comandado por indivíduos -- Sultões, Emires, Presidentes e Generais -- mais seus poderes pessoais são supervisionados pelo resto da Aliança, comandantes que não querem que seus colegas pisem fora da linha. Discórdia política é tolerada devido a pressões da União Européia e outras nações, mas mesmo em 2084 poucos membros da Aliança possuem um processo democrático funcional.
A força militar da Aliança é extensa, rápida e orgulhosa. É uma das mais altas e bem equipadas forças do mundo, e possui regras mais toleráveis de alistamento que os Estados Unidos ou a República Asiática. Sua cláusula para 'perdas civis aceitáveis' tem sido origem de várias críticas pelo mundo inteiro, mas a Aliança teimosamente manteve esta cláusula pelas quatro décadas que esteve em vigor.


Nova África

Nascida em meio à violência e contendas, a Nova África encontrou sua unificação na separação. Fortemente enfraquecida pelas últimas três décadas do século 21, como sempre ocorreu por muito tempo, com suas guerras civis, purificações étnicas e atrocidades imensuráveis. Até que várias nações centrais africanas empreenderam um enorme projeto em 2039 para acabar com os cartéis de diamantes e interromper sua venda, visando uma melhora nacional em longo prazo.
Isso resultou em uma guerra econômica e militar sangrenta. As Nações Unidas tentaram várias medidas para parar a guerra mas, ineficaz como sempre, não obteve sucesso. Entretanto, as nações foram eventualmente se juntando. Cansadas de serem exploradas por conglomerados do Ocidente, e após vários anos de guerra intensa, conseguiram derrubar os cartéis um por um. Isso as deixou com uma das maiores e mais avançadas minas de ouro e diamantes do mundo; fizeram de seu território o maior provedor de diamantes naturais do planeta. Elas entenderam, também, o que poderiam alcançar juntas. O coração da Nova África havia nascido.
Todas as nações africanas envolvidas na guerra anticartel, com exceção dos territórios leais à Comunidade da Oceania e à Aliança do Oriente Médio, começaram a trabalhar muito mais juntas, aprendendo com a América do Sul a construção de uma rede de rodovias para troca de combustível e comunicação, o que permitiu, também, uma melhor distribuição de comida. Pelos próximos 30 anos, a Nova África eliminou a fome dentro de suas fronteiras, que foi alterada completamente para acomodar etnias e um desejo por independência em seus territórios, trazendo saúde pública de qualidade para suas pessoas a baixos custos. Além disso, descobriram-se novas exportações de sua crescente e sustentável gama de produtos tropicais e frutas exóticas. A nova cooperação levou, pela primeira vez, a acordos comerciais no continente; como os Países Revolucionários, a Nova África forçou o resto do mundo a pagar um preço justo por suas mercadorias e serviços.
Hoje, a Nova África ainda é, economicamente, a mais fraca dos grandes poderes, mas seu crescimento é rápido. Ela possui um grande e motivado exército. Entretanto as tropas não são muito bem equipadas, armadas na maioria com equipamentos antigos dos Estados Unidos, além de armamentos soviéticos do século anterior. Elas também encontram problemas para alcançarem lugares remotos devido às frequentes falhas dos equipamentos e geografia do continente. Na maior parte do tempo, o melhor que os Novos Africanos podem fazer é rastrear OVNIs que pousam, com uma das milhares de patrulhas e observadores pelo país a fora, travando combates de assalto.


Rússia

A Rússia levou décadas para se recuperar da queda da União Soviética e destruição causada pelo sistema soviético na economia do país. Ela sangrou como uma ferida aberta pela primeira metade do século 21, tentando acabar com as constantes rebeliões na Chechênia, reformar o país após 70 anos de dominação estatal, tentando voltar à sua posição perdida como potência mundial.
As coisas finalmente começaram a ficar melhores quando o primeiro-ministro Yevgeny Karamazov garantiu a completa independência da Chechênia em 2047. Enquanto a nova e oficial República da Chechênia implodia em uma tempestade violenta sobre quem exatamente governaria, a Rússia concentrou-se em consertar seus próprios problemas, deixando a Chechênia com os seus -- e aos cuidados da nova e melhorada Nações Unidas, que imediatamente teve interesse em tentar parar o derramamento de sangue. O que não ajudou por muito tempo, infelizmente, até que a Chechênia voltasse a esfera de influência da Rússia, mas pela primeira vez ela o fez como uma voz reconhecida em sua total independência.
A salvação econômica para a Rússia -- especialmente com a diminuição dos suprimentos petrolíferos do Oriente Médio -- começou com a exploração de petróleo em seu próprio país, na Sibéria, com novas técnicas e equipamentos capazes de trabalhar nas condições de inverno extremo e, depois, com a construção de várias usinas de energia nuclear. Investimentos pesados em pesquisas fizeram as novas usinas menores, mais seguras e, mais importante, sustentáveis. Isso envolveu a troca de urânio enriquecido por tório, como principal combustível nucelar para todas as novas usinas da Rússia, e com avançados projetos baseados no 'amplificador energético', um novo tipo de reator de fissão foi testado inicialmente próximo a Roma entre 2004 e 2011. Dois dos novos reatores até consumiam plutônio de armas nucleares desativadas e de lixo atômico dos estoques de usinas antigas.
Então, após oito anos da independência da Chechênia, a 'revolução nuclear' russa realmente decolou com a invenção do pós-processador de elementos utilizados, que poderia converter 90% do lixo nuclear do amplificador energético em elementos de radiação limpa em semanas ao invés de séculos. Os russos acabaram com a antiga crise energética quase que da noite para o dia; fissão nuclear se tornou segura, relativamente limpa, e o suprimento global de tório faria do mundo um lugar limpo no ano 3000.
Hoje, muitos das ex-repúblicas soviéticas uniram-se novamente à Rússia, seguindo o exemplo das outras grandes nações, buscando levar vantagens da geração de energia e tecnologia nuclear que agora é a maior exportação da Rússia. A revolução nuclear continua até hoje com o desenvolvimento contínuo e comercialização de energia. Apesar de sua economia ainda ter problemas, o país está em melhor forma como jamais esteve em séculos. Seus militares são, de alguma forma, antiquados mas altamente treinados, bem disciplinados e profissionais e não lhes faltam contingente.


A Comunidade da Oceania

A Comunidade das Nações, uma organização política composta em sua maioria pelos países do antigo Império Britânico, perdeu muito poder entrando na Segunda Guerra Fria. Primeiro, o Paquistão cortou seus laços com a Comunidade quando se uniu à Aliança do Oriente Médio. Depois, com a ruína dos Estados Unidos, a Bretanha e Canadá ficaram mais e mais preocupados com suas influências no mundo e acabaram por deixar sua participação se reduzir a nada. Em 2030, eles eram membros apenas no nome.
O poder crescente da China através da guerra, causou uma enorme expansão em orçamento militar para a Índia e Austrália. Orçamentos que suas economias tinham problemas para suportar. Então, em 2035, Índia tornou-se mais um campo de batalha na guerra civil chinesa. Tropas veteranas do governo facilmente derrotaram os militares indianos em rápidas, mas sangrentas, investidas, capturando grande parte do país enquanto os rebeldes eram perseguidos.
A Austrália empreendeu uma completa intervenção militar, juntamente com vários membros da Comunidade Sul Africana. Após semanas de lutas brutais, as divisões australianas conseguiram se ligar aos rebeldes chineses e aos regimentos indianos que sobreviviam e, juntos, eles quase aniquilaram o exército do Governo antes de sua rendição em 2036.
O custo foi alto. As partes conquistadas da Índia eram um deserto, após a derrubada de Nova Deli não existia mais governo no país e a fome começou a assolar a população. Ela foi obrigada a ceder partes do seu território a outras nações e concedeu independência a várias pequenas regiões ao longo de suas fronteiras. As nações remanescentes da Comunidade assumiram a dura tarefa de reconstruir a Índia, apesar de muitos abandonarem o projeto e a Comunidade em favor de outras super potências em crescimento.
A reconstrução da Índia eventualmente uniu a Comunidade em uma grande nação, tomando vantagem de sua localização geográfica próxima ao Oceano Índico e do Pacífico Sul para estrategicamente cobrar taxas de embarcações que passavam por suas águas. Navios da Comunidade, entretanto, eram livres de cobrança e rapidamente dominaram o mercado. Após a caída dos cartéis de diamante na África, a Comunidade tomou posse de várias minas menores dentro de suas fronteiras e as usaram em seu próprio proveito.
Hoje, a Comunidade das Nações é mais bem conhecida como 'Comunidade da Oceania' ou apenas por 'Oceania'. Desde sua concepção, vários outros países foram aceitos em seu meio. Notadamente Madagascar, Zimbábue e Indonésia, aumentando seu controle além das águas da Oceania. Apesar de não poder competir economicamente com nações ricas, ela desenvolveu seu próprio mercado e está feliz em prosperá-lo.
Os militares da Oceania são basicamente poderosos navios. Seu exército terrestre é minúsculo comparado com qualquer nação, exceto a América Unida, e serve apenas para defesa local, com treinamento e equipamentos avançados. No entanto, podem responder efetiva e rapidamente em situações de emergência.

"FALANGE e as consequências de Mumbai"

O "Projeto FALANGE" foi inicialmente concebido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos em 1995, após anos de crescentes preocupações relacionadas ao constante número de OVNIs avistados em todo o mundo. A possibilidade de uma invasão alienígena tomou conta das mentes dos políticos já nervosos pelo poder nuclear da União Soviética. A possibilidade de existência de vida extraterrestre hostil no universo parecia muito remota, e mesmo que existissem, que eles pudessem encontrar a Terra no vasto espaço do universo -- mas a América poderia correr o risco?

Os idealizadores do projeto gastaram dois anos construindo redes de apoio no mais alto escalão do poder. Finalmente, em 1957, a FALANGE recebeu seu primeiro pacote financeiro. Uma quantidade significante de vários anos do 'orçamento negro' foram usados na construção de um avançado complexo subterrâneo no deserto de Nevada, em algum lugar do território da Base da Força Aérea de Nellis. O complexo foi chamado "Comando de Operações do Pacífico FALANGE", carregada do mais fino equipamento, e montada com os melhores e mais brilhantes combatentes para lugar contra a incursão alienígena ao solo americano.

O projeto foi alcançando sucesso em seus anos de formação, desenvolvendo tecnologias de combate terrestre e produzindo protótipos funcionais de coisas que o mundo jamais havia visto, tudo por uma fração do custo que contratos civis exigiriam. Devido a sua natureza, a FALANGE foi objeto de várias batalhas políticas sobre orçamentos, mas os sucessos de suas pesquisas e desenvolvimentos sempre conseguiram encontrar razões para sua continuidade, mesmo para os mais duros oposicionistas.

No entanto, o mundo prosseguia enquanto a FALANGE se mantinha preparada para algo que nunca aconteceu. A guerra do Vietnam causou um enorme gasto em militarismo, quase nada foi alocado para a FALANGE ou projetos similares, que viram seus orçamentos diminuírem e acabarem face à guerra. Apesar de repetidas solicitações por mais recursos, os Comandantes das Forças Armadas dispensaram o bizarro programa dos anos 50 como um gasto com 'pizzas no céu' e o deixou continuar apenas por causa de seus esforços em pesquisas. A maioria dos recursos restantes existiu apenas para manter antigos equipamentos e laboratórios funcionando, no mínimo.

A FALANGE nunca se recuperou realmente depois da guerra. Ela nunca teria novamente o orçamento que possuiu nos anos cinquenta; os anos de glória se foram. Ela forneceu algumas das tecnologias usadas na Guerra do Golfo e experimentou grande sucesso no início do século 21 devido aos orçamentos militares sempre crescentes dos Estados Unidos, mas após essa explosão de criatividade o projeto caiu novamente na obscuridade.

A Segunda Guerra Fria drenou o último sopro de vida que ainda restava no projeto. Seus comandantes lutaram para mantê-lo ativo mesmo sem o dinheiro para manter suas aeronaves do céu, mas nem mesmo a invenção da teia artificial pôde salvá-lo da recessão econômica dos Estados Unidos. À medida que o país caminhava para a ruína, todo programa militar 'não essencial' do país, um por um, e a FALANGE foram finalmente retirados do orçamento em 2027. Faltavam apenas cinco meses para septuagésimo aniversário. A equipe foi demitida, a base desmontada, equipamentos únicos empacotados e jogados no estoque. O projeto foi rapidamente esquecido.

Até que ele foi redescoberto em 9 de Março de 2084 por um velho homem que lembrava de ter lido a seu respeito em um arquivo empoeirado de seu antigo escritório demolido.

O horror e magnitude dos eventos em Mumbai chocaram o mundo. A existência de vida alienígena inteligente no universo não era mais uma questão de fé. Não só ela existia, como fez contato da pior maneira possível. Os massacres eram demasiadamente grandes e visíveis para os governantes da Terra os manter em segredo. Evidências em vídeo das ruas sangrentas e cheias de fumaça foram televisionadas para todo o mundo. Os alienígenas não deixaram outra evidência da sua visita; Cuidadosamente eles recuperaram seus mortos e recuperaram qualquer sinal de sua tecnologia antes de saírem.

O pânico se alastrou após a exibição do ocorrido em Mumbai, e as coisas ficaram piores quando declarações oficiais informaram o que ocorrera em Bonn, Johannesburg e Bangkok. O mundo soube que havia sido visitado e começou a entender que estava sob ataque.

A procura por soluções era frenética. As Nações Unidas mantiveram-se em sessão contínua por mais de uma semana. Planos eram desenhados e recusados em uma velocidade impressionante. O mundo estava completamente indefeso contra uma invasão alienígena, tanto militar como psicologicamente. Ninguém estava preparado para isso. Foi um dos cenários de destruição que foram acumulando poeira em um armário lá nos fundos de um escritório de planejamento estratégico, que nunca foi lido. Sequer lembrado. Agora, contudo, as pessoas exigiam respostas que ninguém sabia responder, ações que ninguém poderia realizar.

As Nações Unidas concordaram apenas em alguns aspectos; por ordem do Conselho de Segurança, a NASA esvaziou as Estações Internacionais 1 e 2, além da colônia permanente na lua. Todas as missões planejadas ao planeta Marte foram retiradas do calendário. Em todos os assuntos importantes, as Nações Unidas estavam travadas. Algumas nações queriam construir massivas defesas orbitais enquanto outras insistiam que elas deveriam receber permissão para usarem mísseis nucleares em interceptações dos OVNIs. Outros tinham projetos ainda mais bizarros para proporem. A situação ficava pior à medida que os dias passavam, até que um diplomata idoso lembrou do projeto FALANGE.

Com acesso total aos antigos arquivos dos Estados Unidos, as Nações Unidas ficaram chocadas ao encontrarem planos, desenhos, equipamentos e manuais de treinamentos; uma completa e detalhada resposta a um cenário de invasão. Eles decidiram imediatamente reviver a FALANGE e equipá-la para defender a Terra da ameaça alienígena. No entanto, todos que um dia fizeram parte da FALANGE estavam mortos ou morrendo. Eles iriam precisar de uma equipe nova.

Por unanimidade, foi decidido manter o projeto o mais secreto possível, sendo conhecido apenas pelos mais altos políticos e comandantes militares do mundo. O público foi confortado com ações e palavras de efeito enquanto uma equipe altamente qualificada, vinda de toda parte do mundo, operacionalizava a ressurreição da FALANGE para colocá-la de volta à ativa. Velhos equipamentos foram reativados e recuperados do estoque, a poeira retirada dos manuais e pilhas de armas foram preparadas para o uso. Com o suporte secreto de todas as oito potências mundiais, o projeto obteve recursos, suporte e os homens necessários para a guerra.

Tudo o que faltava era um líder.